14 de out. de 2010

O Velho e a Menina...


AO SOM DE ''METALLICA-CREEPING DEATH ''


Quanta ironia! Eu sentada aqui, num banco vazio, sendo que há cerca de duas horas eu estava sentada numa cadeira estofada, e uma pequena mesinha de vidro que tinha por si em cima, um prato atípico do que saboreio de costume.
Muita gente! Ternos caros, rostos pintados para esconder alguma coisa, conversas fúteis, banais, normais...iguais!
Agora estou eu aqui, em meio a estas árvores, imersa em meus pensamentos, e julgo ser uma ironia neste momento o que vejo...depois de tanto deslumbre como momentos atrás, como posso eu pular feito criança para esta simplicidade tão clara ?
Eu poderia continuar lá, naquele recinto elegante, mesmo depois de ter acabado meu tempo para almoçar!
Mas peculiar! Descobri que a minha alma é simples, meu coração apenas suporta a falsa-moral por alguns instantes, não mais que isso !
Tenho a plena consciencia de que estas supostas pessoas distintas ao se depararem com situações difíceis, imediatamente tornan-se animais, usando o mais nobre instinto de defesa dado ao ser vivo, para sua sobrevivência, quando um ser distinto ou não distinto sente-se ameaçado...ele perde a elegância e torna-se selvagem num piscar-de-olhos.
Eu não sou elegante! Apenas diferente e emotiva o suficiente para notar falsas elegâncias...uso do bom-senso sempre que convém mas, as vezes o bom-senso escapa de minhas mãos como suor entre os dedos !
Então o utilizo e percebo! Estou entre pássaros e crianças, vendo com meus olhos aguçados de curiosidades...como a vida é infinitamente supreendente !
Mesmo assim continuo mesmo a achando muitas coisas, continuo a observar esta fantátisca ironia da vida!
Vejo um velho ! Aproximadamente setenta anos, num banco ao lado do meu, segurando nas mãos ''Guerra e Paz'' , saca de sua pequena bolsa, uma garrafa de suco, e um pacote de biscoito, tranquilamente fazendo daquele banco sua própria sala-de-jantar, e parece-me que ele já viveu tanto e penso: - Eu ainda nada vivi, este velho com fisionomia alemã pode ter vivido uma imensidão de experiências, trabalhado ardosamente, viajado o mundo inteiro...
Ele neste instante podia estar numa bela cadeira de balanço ''VENDO A VIDA PASSAR'', pensando em sua existencia e resmungando pelos cantos.
Engraçado isto ! Esta é a ironia, ele poderia estar lá enclausurado, aborrecido mas, optou pelo mesmo que eu !
Nós dois, ali sentados, mergulhados em nossos eus, convergindo para o mesmo estado de espírito, O velho e a Menina...
Escolhemos àvidamente em vez de '' Ver a vida passar '', escolhemos sentí-la !!!

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