Já não sei por onde meus pés caminham,
passeio e observo sorrisos distorcidos,
transparentes...imprecisos.
Já não sei quem os meus olhos vêem,
os rostos tornan-se iguais,
se fundem no contentamento que juntos tem.
Pessoas com o passar dos anos,
tornan-se Gelo...tocam minha pele,
percorrem lentamente entre meus póros.
Mas, o meu calor, derrete o Gelo,
tárdio e intolerante, sufocante e imerso,
Gelo não tolero, me desfaço...me despeço!
O frio passa na época do ano,
em algum momento,
mas o calor, ele permanece.
Pulsações, ilusões, solidões,
que mais posso descrever?
se a eloquência não carece!
Já não sei definir o Ser,
só à mim compreendo e aceito,
com tanta bagagem trazida no peito!
E há quem Tornou-se Gelo, pálido inérte,
não alcanço, tampouco defino,
porém zélo e por si, respeito.
Respeitarei de imenso e urgentemente,
pois meus calor, o fogo que em mim arde,
dissípa tudo, derrete, esvanesce.
O fogo quem arde em mim,
finaliza tudo, faz acabar,
num piscar de olhos, tudo enfim...evapora!